Funerais
“Marcam a passagem da reminiscência patética do póthos a uma memorização mais distanciada e objetiva, a uma memória institucionalizada conforme o código social de uma cultura heroica”.
Canto épico
“Transforma um indivíduo que perdeu a vida na figura de um morto, cuja presença como morto está definitivamente inscrita na memória do grupo.”
HARTOG, Fraçois. "Os antigos: o passado e o presente"
“A morte como nostalgia e não como fruto ou fim da vida equivale a afirmar que não viemos da vida, mas sim da morte. O antigo e original, as entranhas maternas, são a cova, e não o útero. Esta asseveração corre o risco de parecer um paradoxo vão ou a reiteração de um velho lugar-comum: todos nós somos pó e ao pó voltaremos ( . . . ). Regressar à morte original será voltar à vida de antes da vida, à vida de antes da morte: ao limbo, às entranhas maternas.”
PAZ, Octavio. O labirinto da solidão e Post-scriptum. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984, pp. 58 e 59.
“Não que eu tenha medo de morrer, é que eu não quero estar lá na hora que isso acontecer”.
Woody Allen
“Facile contemnit omnia qui se semper cogitat moritorum. Huranymus 1517”.
(Quem nunca esquece que vai morrer despreza com facilidade todas as coisas)
Jan Grossaert – Díptico de Carondelet (parte exterior), 1517, Paris, Louvre.
“A eterne pungit, cito volat et occidit”.
(A glória dos feitos grandiosos desvanece-se como um sonho)
Andréas Gryphius (Tudo é vaidade) - Discípulo de Massys; Jerônimo, c. 1550, Düsseldorf, Kunstmuseum.
“O olho da tempestade é a morte, a dor é a borda. A dor nos leva para a borda. Na borda, estamos vivos”.
Steven Grant – “Vingança”
“Mortais, cuidemos da vida, sem vaidades, orgulho ou rancores, sem ostentar cargos e riquezas pois o tamanho da vala de um mendigo é o mesmo que abrigará um rei”.
Paulo Bastos – “Variações sobre a morte”
“Quando você nasceu, você chorou e os ali presentes sorriram. Viva a sua vida de maneira que, no dia de sua morte, seja você a sorrir enquanto os outros choram.”
[provérbio Sioux]
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“A história me precede e se antecipa à minha reflexão. Pertenço à história antes de pertencer a mim mesmo”.
RICOEUR, Paul. Interpretação e ideologias. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora S.A., 1977, p. 39.